domingo, 29 de agosto de 2010

Mia Couto

Oi, pessoal, o texto abaixo é uma biografia de Mia Couto que copiei da Wikipédia com algumas alterações e reduções. Quem quiser saber um pouco sobre o autor de O fio das missangas, dá para ter uma noção. Leiam, comentem e, a partir daqui, façam também uma pesquisa própria. É sempre bom conhecer o autor do livro que estamos lendo, pois nos ajuda muitas vezes a entendermos o modo como este escreve. Um abraço. 
"Mia Couto, nascido António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de Julho de 1955), é um escritor moçambicano, filho de portugueses que emigraram para Moçambique nos meados do século XX. Nasceu e foi escolarizado na Beira. Com catorze anos de idade, teve alguns poemas publicados no jornal Notícias da Beira e três anos depois, em 1971, mudou-se para Maputo. Iniciou os estudos universitários em Medicina, mas abandonou esta área no princípio do terceiro ano, passando a exercer a profissão de jornalista. Trabalhou na Tribuna até à destruição das suas instalações pelos colonos em Setembro de 1975. Foi nomeado diretor da Agência de Informação de Moçambique (AIM) durante a guerra de libertação. A seguir trabalhou como diretor da revista Tempo até 1981 e continuou a carreira no jornal Notícias até 1985. Em 1983 publicou o seu primeiro livro de poesia, Raiz de Orvalho, que inclui poemas contra a propaganda marxista militante. Dois anos depois, demitiu-se da posição de diretor para continuar os estudos universitários na área de Biologia.
Além de ser considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique, é também o mais traduzido. Em muitas de suas obras, Mia Couto tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Suas obras, além das referências históricas, são marcadas pelo realismo mágico e encantam pela poesia de que as palavras são investidas. Alguns autores influenciadores de seus livros são: Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Eugénio de Andrade, Sofia de Melo Breyner, João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa e José Luandino Vieira. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos doze melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué. Em 2007, foi entrevistado pela revista Isto É. Presentemente é empregado como biólogo no Parque Transfronteiriço do Limpopo.
Os livros de Mia Couto são publicados em mais de 22 países e traduzidos em alemão, francês, espanhol, catalão, inglês e italiano.
De toda a sua obra, nos interessam especialmente os contos. Nos meados dos anos 80, Mia Couto estreou nesse gênero e numa nova maneira de falar - ou "falinventar" - português, que continua a ser o seu "ex-libris". Assim, publicou (atenção para os títulos):
Vozes Anoitecidas (1ª ed. da Associação dos Escritores Moçambicanos, em 1986; 1ª ed. Caminho, em 1987; 8ª ed. em 2006; Grande Prémio da Ficção Narrativa em 1990, ex aequo)
Cada Homem é uma Raça (1ª ed. da Caminho em 1990; 9ª ed., 2005)
Estórias Abensonhadas (1ª ed. da Caminho, em 1994; 7ª ed. em 2003)
Contos do Nascer da Terra (1ª ed. da Caminho, em 1997; 5ª ed. em 2002)
Na Berma de Nenhuma Estrada (1ª ed. da Caminho em 1999; 3ª ed. em 2003)
O Fio das Missangas (1ª ed. da Caminho em 2003; 4ª ed. em 2004)
Mia Couto é sócio correspondente, eleito em 1998, da Academia Brasileira de Letras, sendo sexto ocupante da cadeira 5, que tem por patrono Dom Francisco de Sousa".

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