quinta-feira, 15 de abril de 2010

"O que você anda lendo ultimamente?"

Hoje quero deixar aqui um trecho de um artigo de Renato Alessandro dos Santos, publicado na revista Conhecimento Prático Literatura, que li recentemente.
"Da mesma forma que a música de Beethoven é capaz de oferecer ao ouvinte um pouco mais da personalidade arredia do gênio, com a literatura, também passamos a frequentar a cabeça dos escritores, descobrindo o que se passa ali dentro, quer eles queiram ou não. Se qualquer que seja a vida ela já vale a pena, imagine andar pelo mundo, conhecendo-o e conhecendo-se, tendo ao seu lado gente como Jack Kerouac, Eça de Queirós, Érico Veríssimo, Willian Shakespeare, Cervantes, Dante, Chaucer, Dostoiévski ou os goliardos da Idade Média. A literatura é uma dama de muitos séculos que, como uma jovem vampira, está sempre cinematograficamente jovial, adolescendo com uma consciência de espírito que atravessa os séculos, à disposição de qualquer um que goste de ler e que saiba responder à pergunta de Drummond: 'Trouxeste a chave?'". O artigo de Renato fala sobre a importância de se começar cedo o hábito de leitura e de ler os clássicos. E os bons autores em geral. A leitura é um hábito. E como todo hábito deve ser cultivado todos os dias. E que leitura nos torna melhores leitores? Que leitura nos dá a "chave"? A leitura de textos literários, de bons romances, contos, crônicas e poesia, muita poesia. O texto literário exige do leitor maior atenção ao próprio texto, maior raciocínio, perspicácia. E como é prazeroso compreender um texto depois de tempos de já tê-lo lido e não entendido simplesmente porque faltava vivência literária para isso. Quanto mais lemos, melhor lemos. Renato termina o artigo voltando à metáfora da dama: "A literatura é uma dama e, como tal, deve ser cortejada por todos que a querem bem".

2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Samira, um exemplo de compreender o livro após anos é O Pequeno Príncipe. Quando somos mais novos, ao ler o livro, entendemos como um mundo mágico e personagens que falam, basicamente. Ao ler agora, percebi que o autor usou de metáforas e personagens fantasiosos que nos remetem à realidade. Agora entendi a "mensagem" de cada personagem, de acordo com a realidade de cada um. A raposa, que significa a amizade; a serpente, que significa os males da vida e etc.
    O Pequeno Príncipe é um clássico que deve ser lido de anos em anos, acompanhando a mudança na forma de interpretar de acordo com a maturidade.
    Vamos ver como interpretarei daqui a alguns anos..
    Beijos!

    Mariana Leite - 2º ano A

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